[por] Esta investigação pretende analisar a importância de estudar o portunhol
nos diversos âmbitos em que este conceito pode ser empregado, tanto como
uma interlíngua, como um idioma falado em zonas de fronteira ou quando ele
se materializa no domínio da escrita, como uma língua literária, o chamado
“portunhol selvagem”, conceito este criado pelo autor brasiguaio Douglas
Diegues. Atualmente, o autor possui várias obras escritas nesta língua literária
selvagem, que mistura português, espanhol e guarani. Porém, dentro dos
aspectos tão peculiares da criação poética de Diegues, detendremos-nos em
discorrer sobre a sua maneira tão original e “delirante” de traduzir autores
canônicos ao portunhol selvagem, o que o autor chama de transdeliração.
Como marco teórico para o estudo das traduções realizadas por Diegues
utilizaremos o ensaio “A tarefa do tradutor” (2001) do crítico Walter Benjamin e
fundamentalmente a teoria da transcriação ou “tradução criativa”, do poeta e
tradutor brasileiro Haroldo de Campos (2011). Como corpus para esta análise,
discutiremos textos dos autores canônicos Fernando Pessoa e Cruz e Sousa,
que foram traduzidos, ou seja, transliderados por Douglas Diegues.
[esp] Este trabajo pretende analizar la importancia de estudiar el portuñol en
los diferentes contextos en los que se puede utilizar este concepto, tanto
cuando él es considerado una interlengua; como lengua hablada en zonas
fronterizas o cuando se considera el portuñol como una lengua literaria, el
denominado “portuñol salvaje”; concepto creado por el autor brasiguaio
Douglas Diegues. Actualmente, el autor posee varias obras escritas en esta
lengua literaria salvaje, que mezcla portugués, español y guaraní. Pero dentro
de los aspectos peculiares de la creación poética de Diegues, nos detrendemos
en discutir su manera original y “delirante” de traducir autores canónicos al
portugués salvaje, lo que el autor llama transdeliração1
. Como fundamentación
teórica para el estudo de las traduciones realizadas por Diegues utilizaremos el
ensayo "La tarea del traductor" (2001) del crítico Walter Benjamin, además de
la teoría de la transcreación o “traducción creativa”, del poeta y traductor
brasileño Haroldo de Campos (2011). Como corpus de este análisis,
trabajaremos con textos de los autores canónicos Fernando Pessoa y Cruz e
Sousa, que fueron traducidos, es decir, “transdelirados” por Douglas Diegues.